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A Maldição de Hera: obra é reescrita para o novo público adolescente

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Por Assessoria de imprensa


Em 2025, a Editora Paulus publica nova edição da obra literária infantojuvenil A Maldição de Hera, do autor João Pedro Roriz, completamente revisada e modificada pelo autor.


A obra foi lançada originalmente em 2012 como material didático voltado para o ensino fundamental II e está inserida na Coleção Mitológica, que tem intuito de aguçar a curiosidade dos adolescentes em relação às histórias da mitologia grega.


O livro narra as tragédias humanas decorrentes dos surtos de ciúmes da deusa Hera, devido aos inúmeros casos de traição de seu marido, Zeus. Assim, reúne histórias conhecidas como Midas, Narciso e Dioniso com outras nem tão conhecidas pelo público jovem, como Aracne, Céfalo e Sêmele.


A história foi escrita originalmente em tom de humor e voltada para o público adolescente dos anos 2000, com boa aceitação dos leitores. Contudo, o mesmo material passou a ser refutado pela nova geração de jovens do século vinte, que, segundo o autor, demanda histórias mais densas, com tons mais misteriosos e realísticos. O autor, sempre conectado com seu público, recebeu com naturalidade as críticas e entrou em contato com a editora Paulus e propôs uma reformulação de toda a coleção de livros de mitologia, que conta com 4 títulos atualmente: Eros e Psique, A maldição de Hera, O mistério de Tróia e O homem de barbas brancas. A editora aceitou o desafio e com isso todos os livros sofreram alterações, tanto editoriais quanto textuais.


Do catálogo, sem dúvidas a mais alterada foi a obra A maldição de Hera, pois senti que precisava dar um novo fim a história, além de mudar totalmente a forma como os mitos são abordados durante a trama — revela o autor.


Agora, em 2025, o autor lança uma nova edição da obra, projetada e revisada por ele mesmo, com o propósito de “modificar completamente a história para melhor entendimento e compreensão do novo público de adolescentes que gosta de ler livros de mitologia”. Essa reedição está sendo apresentada como uma obra renovada: mais enxuta, mais ágil, com foco adaptado à sensibilidade dos leitores contemporâneos e da chamada “geração Alpha”.


A revisão de uma obra já publicada não é apenas atualização gráfica ou de capa: trata-se de um movimento editorial e autoral que reconhece mudanças socioculturais, expectativas de público e linguagens literárias em evolução. No caso de “A Maldição de Hera”, o autor identifica que o público juvenil atual se conecta de modo distinto com a mitologia; espera-se, por exemplo, certa agilidade narrativa, personagens que façam sentido para o leitor imerso em mídias múltiplas, e reflexões que vão além da simples aventura.


Diferenças entre gerações: geração Z e geração Alpha


Para além da obra em si, vale aqui uma breve análise das diferenças psicológicas e culturais entre dois públicos alvos em perspectiva: a geração Z (nascidos aproximadamente entre 1997 e 2012) e a geração Alpha (nascidos a partir de 2013). A geração Z cresceu em transição digital: viu o advento dos smartphones, das redes sociais em expansão, conviveu com instabilidade econômica e alta velocidade de informação. Esse público tende a exigir narrativas com ritmo rápido, estética visual forte e temas de identidade e pertencimento. Já a geração Alpha, imersa desde cedo em conectividade e acessos, inteligência artificial, streaming e ambiente possui menor tolerância a ritmos lentos, espera mais interatividade, e manifesta preferência por formatos “cross-media”.


Psicologicamente, os alphas são mais multitarefa, menos pacientes com longas exposições tradicionais, e buscam protagonismo e sentido em suas leituras. Diante desse panorama, adaptar “A Maldição de Hera” significa reconhecer que o público não lê como lia há quinze anos: não basta aventura e mitologia; é necessário engajamento imediato, clareza narrativa e capacidade de reflexão rápida, com forte entrosamento entre expectativa e entrega de prazer, além de apresentação de algum elemento novo ou inusitado.


As principais mudanças da nova edição


Em síntese, a nova edição de “A Maldição de Hera” incorpora as seguintes alterações:


  1. Melhor entendimento do texto — revisão da linguagem para torná-la mais acessível.

  2. Compreensão ampliada do aspecto mitológico envolvido — há maior clareza sobre a origem dos mitos, relações entre deuses e mortais, e contexto histórico-mitológico.

  3. Melhor análise do propósito da construção da história — o autor escava com mais profundidade o que cada motivo simbólico representa (ciúme, soberba, inveja).

  4. Forma de contar a história muito mais bem elaborada — capítulo, narrativa e ritmo repensados para manter a atenção do público juvenil e geração Alpha.

  5. Mudanças estruturais no sentido de tirar a história do campo do humor e trazê-la para o campo reflexivo e também do suspense — ou seja, menos piadas, mais tensão e mais conflitos.

  6. Ajudar o aluno a gostar e entender melhor a mitologia — a nova montagem favorece o uso em contextos educativos ou de leitura escolar.

  7. Mudanças estruturais na forma como a história é contada e seu desenvolvimento — reorganização de cenas, personagens, talvez sequência cronológica diferente ou foco alterado em personagens secundários.

  8. Inserção de novas lógicas misteriosas na história com desfechos muito mais inusitados — o leitor encontrará reviravoltas inéditas, tramas de mistério adicionais que não constavam da edição original.


Com essa reformulação, “A Maldição de Hera” busca reafirmar seu lugar na literatura juvenil de mitologia, conectando passado e presente: os mitos gregos, que há milênios foram contados à luz de fogueiras, agora chegam ao leitor do século XXI com uma roupagem mais ágil, mais sintonizada com as expectativas das gerações Z e Alpha.


A iniciativa de revisitar o texto e adaptá-lo ao novo público revela não apenas sensibilidade autoral, mas também um compromisso com a difusão da mitologia como recurso formativo e literário. Para educadores, pais e jovens leitores, a nova edição oferece uma porta de entrada estimulante ao mundo dos deuses, heróis e dilemas atemporais — com a vantagem de que a leitura será contemporânea, acessível e provocadora.


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